Reflexão Pessoal - Cultura e Relações interpessoais

12-03-2013 20:00

 

           Neste trabalho irei reflectir acerca de dois temas que se relacionam entre si, que é o caso da cultura e das relações precoces. Irei iniciar o meu trabalho o tema da cultura, posteriormente irei falar acerca das relações interpessoais.

 

Cultura

           Na minha opinião a “Cultura” é um tema bastante interessante para estudar, pois os seres humanos sem a cultura, não passavam de meros “animais”, não sendo tão eficazes ao longo da vida, pois não seriamos capazes de viver em sociedade, como pode ver com o filme “Criança Selvagem”, que apesar de ganhar alguns instintos, e alguma formação, não era capaz de proceder em conformidade com a sociedade, sendo que o seu instinto ao logo do filme era voltar para a floresta, onde se sentia em “casa”. 

          A cultura engloba inúmeros componentes materiais e espirituais, que é o caso das teorias, crenças, artes, costumes, leis, normas que orientam um grupo de seres humanos para a ordem e vida numa sociedade dinâmica, assim, a cultura simboliza tudo o que é aprendido e partilhado pelos indivíduos de um determinado grupo e que confere uma identidade dentro do grupo a que pertença.

            Os seres humanos são o produto e produtores da cultura. A cultura estende-se a tudo ao que diz respeito ao ser humano, referindo-se não apenas as obras que produz, mas também ao processo de transformação de si próprio: tanto se aplica para designar formas inéditas que descobre para resolver os problemas, bem como para designar o legado que lhe foi deixado pelo ancestral. O homem é um ser cultural, e as suas realizações também. O que o ser humano pensa, o que diz, o que escreve e o que faz, tudo é cultura, tal como o seu comportamento, os movimentos, os gestos e as modas mais passageiras.

            As hipóteses de sobrevivência dos seres humanos aumentaram com a capacidade humana de adaptação ao meio. Esta capacidade criou necessidade de cooperação e coordenação entre os seres humanos, bem como o desenvolvimento de novas capacidades para o fazer, como as capacidades de comunicação através da escrita, pintura, música (.), relacionando-se, assim, com as nossas necessidades, permitindo satisfaze-las de modo mais eficaz e refinado do que se dispuséssemos apenas dos meros recursos naturais.

            O ser humano constrói com os outros um mundo inter-humano com habitações, transportes, ferramentas, um mundo construído que – relacionado com o mundo natural – oferece aos humanos suporte e protecção para as suas formas de vida.

           A cultura varia no tempo e no espaço, pelo que existem múltiplas culturas. As diferentes culturas reflectem as maneiras como as comunidades integraram os acontecimentos do passado, as necessidades de sobrevivência e as exigências do meio onde vivem. Todos estes factores fazem com que as diversas culturas adquiram especificidades próprias, levando a uma diversidade cultural.

                        Existe assim o conceito de padrão cultural, ou seja, formas colectivas de comportamento que permitem aos seres humanos aferir a sua conduta e prever a conduta dos outros, facilitando a interiorização de comportamentos e atitudes. Os padrões culturais ajudam no enquadramento da construção de significados em vários domínios da vida social – socialização. A cultura exerce uma forte influência no modo como pensamos, sentimos, consideramos mau ou bom, aceitável ou inaceitável, impossível ou possível. Sendo necessário ter em conta os padrões culturais quando observamos os sentidos que as pessoas atribuem a determinado assunto. Estes variam permanentemente.

            O processo de inserção de um indivíduo desde que nasce até que morre nos quadros sociais de uma sociedade denomina-se socialização. O desenvolvimento de um ser humano é, assim, um processo de socialização contínua. A sociedade ensina ao individuo as formas de proceder mais aconselháveis, dispondo de meios de controlar os comportamentos individuais, Horas de sono, formas de ocupação, tipos de alimentos, formas de se vestir, maneiras de saudar as pessoas, tudo isto é sugerido ao individuo que, por processos de imitação, vai padronizando as suas condutas, ajustando-as aos ditames sociais.

       No início, por exemplo, a socialização faz-se através da integração da criança na família que a gerou ou o adoptou. É no seio deste grupo aprende uma linguagem e se integra na estrutura social (cultural, política, económica, etc.) que a família faz parte. Neste processo de socialização, para além do grupo familiar, participam muitos outros grupos, como os da escola, o grupo de amigos, a equipa de trabalha, etc. A socialização provoca nos indivíduos a interiorização de um conjunto de padrões culturais e de modelos de comportamento geradores de sentimentos e atitudes comuns.

         Concluímos assim, que existe uma grande diversidade cultural. Para a formação de um ser humano e necessário estar inserido num meio social, a fim de conviver com as outras pessoas, onde existem padrões culturais definidos. Proponho assim, a realização de um interrail ao longo da Europa, de modo a conhecermos melhor a cultura de cada país. Podemos encontrar mais informações no site: https://www.raildude.com/pt/

 

 

Relações Interpessoais

          Cada um de nós é o desembocar de uma torrente de natureza biossociocultural em que a multiplicidade de forças foi organizada e encaminhando no sentido que viria a conduzir à formação da nossa personalidade.

         Relativamente à construção do eu, não há determinismos. Resistindo à força padronizadora de factores externos, a pessoa vale-se da autonomia e faz-lhe frente com factores internos, o que lhe permite ultrapassar entraves próprios da biologia, da sociedade e da cultura. Tudo o que acontece ao logo da vida vai deixando marcas no nosso particular ser. Assim, logo desde a infância, que as experiências vividas com familiares, colegas, amigos e conhecidos constituem-se como forças a interferir na direcção seguida pela nossa auto-organização pessoal. As experiencias calorosas e de afeto e as vivências gratificantes na relação com os nossos pais, irmãos, professores e amigos contribuem positivamente para a formação da nossa personalidade. Assim, o facto de se sentir amado, as alegrias, e as esperanças, o clima de festa e de confiança contribuem largamente para a estruturação de uma personalidade confiante em si e nos outros, apta a enfrentar e a resolver problemas. Caso a vida seja marcada por experiências negativas, como por exemplo situações frustrantes e conflituosas entre familiares, ou a convivência com o sofrimento, desgostos e as desilusões influenciam negativamente na construção de uma identidade pessoal que devia ser orientada para o bem-estar e para o sucesso. Depende tudo do carácter subjectivo da pessoa.

      O ser humano é capaz de se auto-organizar, ou seja, capaz de construir uma narrativa pessoal em que o ser humano toma consciência de si e da sua vida, construindo de modo autónomo a sua identidade. É na interacção com os outros que cada um desenvolve a sua identidade. A par da interiorização dos modos ver, pensar, sentir e agir dos grupos com que interage. Ser humano é então, ser cultural e social. As influências sociais e culturais não invalidam, pois, que o individuo seja original na sua auto-organização, sendo que a singularidade mantêm-se, independentemente das suas interacções.

   Assim, a pessoa permanece como um núcleo substantivo e uno que reclama e íntegra no seu eu presente todos os sucessos e fracassos do passado, tudo o que reconhece como experiência sua, tudo aquilo em que participou.

Na minha opinião, o tema das relações interpessoais é de extrema importância, pois revela que apesar de todas as interacções sociais e culturais, apenas depende de nós, como seres humanos, optar pelo que achamos certo ou errado, daí a singularidade pessoal. Proponho então, o visionamento de um filme proveniente do youtube, de modo a melhorarmos o nosso relacionamento com as pessoas que se encontram na nossa vida e não só, que irá a priori melhorar o nosso caminho ao longo da vida:https://www.youtube.com/watch?v=vJDxdSBv_M8

Bernardo Jacob, nº 3 12ºA